quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Qual a razão?


Há momentos, nas nossas vidas, que nos deparamos com situações decepcionantes sob o ponto de vista do relacionamento pessoal. Às vezes ajudamos as pessoas, sofremos por elas e com elas, nos colocamos à disposição das mesmas, e, entretanto, quando menos esperamos, elas nos decepcionam.
Por que isto ocorre? O que leva as pessoas a serem ingratas e acharem que estão corretas? O que as leva a serem egoístas e acharem que podem e devem usar as pessoas?
Há muitos porquês nos relacionamentos pessoais. E eles nos deixam aturdidos sem que encontremos respostas para os mesmos.
Entretanto, quando se perlustra a Bíblia Sagrada, percebe-se que na mesma existem vários relatos de ingratidão e egoísmo com relação a Deus. Foi assim que procedeu o primeiro homem, que apesar de ter um relacionamento com o próprio Deus, traiu a Sua confiança (Gn 3:1-6); foi assim que procedeu a nação de Israel, que, ao pensar que Moisés não retornaria do monte Sinai, confeccionou um bezerro de ouro para adorá-lo (Ex 32:1-7); Davi, apesar de rei da nação, e, sendo considerado um homem segundo o coração de Deus, o traiu, ao se deitar com uma mulher que tinha marido, e ao planejar a morte deste (2ª Sm 11). Jesus percebeu a ingratidão das pessoas quando curou os dez leprosos e apenas um voltou para lhe render graças (Lc 17:11-19).
As pessoas são ingratas umas para com as outras! Mas, não é assim que age a maioria quando o assunto é gratidão a Deus?
Aí está a resposta! As pessoas são ingratas umas para com as outras porque isto é um reflexo do relacionamento delas com Deus. Um relacionamento pífio, mentiroso, egoísta, interesseiro e vingativo. Um relacionamento que funciona na base do toma lá, dá cá. Um relacionamento de barganha, que só serve para manchar o nome do Evangelho. Um relacionamento que não traduz a existência de um Deus e um servo, mas sim, de um “chefe” de Deus. De uma pessoa que diz: “Deus faça isto”; “Deus faça aquilo”, e quando Deus não faz, Ele não serve.
Quando as pessoas forem piedosas, e passarem a viver o que pregam, sem hipocrisias, a ingratidão perderá espaço para a gratidão; o egoísmo perderá espaço para o altruísmo; e a decepção com as pessoas passará a ser um sentimento inexistente.
Utopia? É possível que sim! Mas, uma coisa é certa: esse é o procedimento que um cristão deve adotar, afinal de contas, quem o ensinou – não apenas com palavras, mas sobretudo, na prática – foi o próprio Cristo.               
   

Seja abençoado(a).


Valter Vandilson