sábado, 21 de fevereiro de 2015

É preciso querer terminar bem

Houve um período na história de Israel que a nação foi governada por juízes. Estes eram “indicados” por Deus e tinham a função de, não apenas julgar o povo, mas, sobretudo, manter o povo “antenado” com as prescrições divinas.
Entre eles, no entanto, houve um que não soube lidar com o poder e com as determinações que Deus lhe deu e, por tal razão, ficou na história como um exemplo negativo a ser seguido. Seu nome era Sansão.
O referido juiz era considerado um nazireu de Deus (separado, consagrado para os propósitos divinos). Por tal razão, entre outras coisas ele não deveria fazer uso de bebidas alcoólicas, não poderia tocar em corpos mortos, nem deveria se unir a prostituas nem casar com mulheres que não fossem oriundas do povo de Deus.
No entanto, Sansão casou-se com uma mulher filisteia (povo inimigo de Israel), comeu mel que fora produzido em cadáveres de animais, usou o poder que Deus lhe deu (uma força descomunal) para propósitos pessoais – como vingança – e uniu-se à prostitutas. Ou seja, andou nos caminhos diversos daqueles que um homem separado por Deus deveria andar.
O resultado de uma vida tão desregrada foi a sua captura e a perda dos dois olhos. Até na hora da morte, ele foi movido por um sentimento de vingança, já que pediu a Deus que o ajudasse a derrubar o templo do deus inimigo e, assim, matasse os que ali estavam, vingando-se deles por terem vazado os seus olhos (Juízes 16:28).
Já foi dito que o importante não é começar bem, mas, terminar bem. Sansão é um exemplo a não ser seguido, pois terminou mal os seus dias, unicamente, por ter se deixado mover por sentimentos e desejos egoístas, dissociados da vontade de Deus.
O exemplo dele, no entanto, não deve ser observado apenas para não ser seguido, mas, para que possamos querer fazer diferente. Andar nos caminhos do Senhor exige muito mais do que conhecer os Seus propósitos e ser agraviado por Ele com dons. Exige autodisciplina e busca constante de uma vida piedosa. Exige comunhão com o Pai.
Que o Eterno tenha misericórdia de nós e nos ajude a livramo-nos do nosso ego. Que os nossos desejos e emoções sejam subjugados por um espírito piedoso e temente ao Senhor.
Se assim o for, certamente terminaremos bem.

Seja abençoado(a).

Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito