sábado, 23 de julho de 2016

Quando Deus parece distante


Há momentos em que tudo vai bem nas nossas vidas. São momentos de paz e refrigério espiritual; de prosperidade material. Momentos em que parece que Deus está “coladinho” conosco.
Entretanto, há momentos em que tudo parece dar errado. E o que é pior: nesses momentos Deus parece indiferente à nossa situação; parece se manter muito distante de nós. 
Então começamos a questionar onde está o erro. Fazemos perguntas do tipo: “onde foi que eu errei?”; ou: “porque isto está acontecendo comigo?”; ou ainda: “Será que esta situação é uma punição de Deus?”; “Será que cometi algum pecado?”
Embora o pecado nos afaste de Deus, o fato é que nem sempre as dificuldades surgem por causa de erros em nossas vidas. Muitas vezes Deus permite que passemos por situações adversas para que possamos crescer na fé.
A Bíblia, ao narrar a história de Jó, mostra que ele procurou saber o motivo da aflição em que vivia e o porquê de Deus estar tão distante (Jó 23:8-10). No entanto, após refletir sobre isto, concluiu que Deus o conhecia (versículo 10) e que, no final da prova, se revelaria como o ouro.
Então percebemos que, em muitas vezes, esse aparente abandono por parte de Deus não tem relação com o pecado. Se existe algum problema, ele está no fato de que muitos estão buscando Deus da forma errada! Buscam experiências com Deus ao invés de buscarem o próprio Deus.
Nos nossos relacionamentos interpessoais não precisamos de determinadas ações para saber que as pessoas existem; não precisamos sentir emoções ou sensações diferentes para saber que alguém existe.
No entanto, com Deus, queremos sempre ver a Sua ação para concluir que Ele existe e que está perto de nós. Quando não “o sentimos” ou quando não vemos suas ações nas nossas vidas, achamos que Ele está distante, ou até, que não existe.
O fato é que, mesmo que não percebamos, Deus está sempre presente! Independentemente de nossos sentimentos, Ele está presente!
É óbvio que Ele quer que saibamos que Sua presença é constante. No entanto Ele quer, muito mais, que confiemos Nele, independentemente de “sentirmos” a sua presença ou não.
Há momentos em que Deus permite que nossas emoções inexistam para que possamos confiar nele. Isto é fé! Não podemos ficar dependentes de sensações. Devemos ficar dependentes de Deus!
Deus jamais nos desamparará, pois consta na Bíblia, em Hebreus 13:5: “não te deixarei nem te desampararei”. E ainda (Jeremias 1:8): “Não temas diante deles, pois eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor”. E arremata (versículo 12): “Eu velo sobre a minha palavra para a cumprir”.
Então se o Senhor afirma que tem cuidado para cumprir a Sua Palavra, e afirma, nesta mesma Palavra, que não nos desampara, devemos crer que Ele está sempre conosco, sobretudo nas situações difíceis e que, no momento certo, Ele irá nos fazer triunfar.
Seja abençoado.
Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito


sábado, 16 de julho de 2016

Alívio para as dores

     
 É interessante como a dor pode gerar reações diferentes em diferentes pessoas. Há algumas que expressam toda a sua dor, deixando que as demais saibam o que elas estão sentindo. Outras, ao contrário, silenciam e se fecham em torno de si mesmas. Outras, ainda, ficam agressivas e antissociais, deixando todos curiosos sobre o que está gerando tal atitude
Entretanto, uma coisa é certa: todos sentem dores! E aqui, não estou a me referir, apenas, às dores do corpo, mas, também, às da alma. Àquelas que são muito mais dolorosas, pois afetam o estado de espírito e os relacionamentos. Àquelas que, em muitos casos, exigem que as pessoas que as sofrem, permaneçam em silêncio – porque não podem contar a causa da sua dor, ou porque as dúvidas sobre tais causas não lhes permitem dizer.
Aliás, de todas as causas das dores da alma, talvez essa seja a mais dolorosa: a dor da dúvida. Aquela que pode ser oriunda de várias possibilidades, sem se saber, ao certo, qual delas é a real. Creio que não há dor mais dolorosa; mais cruel; mais agonizante.
Em casos assim, não há “doutor da alma” que resolva a situação. Aliás, não há ninguém, por mais chegado que seja, que apresente uma solução plausível.
Por tal razão, assim como nas reações das dores corporais, quem sofre uma dor na alma também reage de formas diferentes: Há os que gritam; há os que choram; há os que silenciam; e ainda, outros há que se fecham... Mas, todos sofrem!
Nesses casos, só há uma forma de reação com garantia de resultado positivo: a aproximação de Deus! Tal aproximação, entretanto, não deve ser feita como alguém que vai ao médico em busca de cura para uma enfermidade.
Não! Ela deve ser feita como alguém que se sente limitado e incapaz de entender o que se passa consigo. Alguém que reconhece que, como criatura de Deus, necessita se tornar Seu filho. Alguém que, apesar das dúvidas – que muitas vezes têm como causa os seus pares – quer ter a certeza de que é amado pelo Pai. Alguém que, sabedor de que há falhas no próximo, quer encontrar a perfeição do Senhor.
Quando se toma essa atitude, as dores são dissipadas, e, se tal não ocorrer instantaneamente, adquire-se forças para suportá-las e certeza de que elas serão momentâneas.
Seja abençoado(a).

Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito



quinta-feira, 14 de julho de 2016

Pare enquanto é tempo!

Os dias atuais têm nos tornado impacientes. Na era da internet banda larga, por exemplo, não conseguimos esperar mais que trinta segundos para que uma página seja exibida – se esse tempo é ultrapassado, reclamamos que a conexão é lenta e desejamos ter uma mais rápida. Pagamos nossas contas em caixas rápidos ou através do internet banking, no conforto de nossas casas, sem precisarmos perder tempo em filas infindáveis (mesmo que tenham apenas cinco pessoas esperando nelas).
Dizer que os dias atuais têm nos tornado impacientes não seria mais que uma simples observação do cotidiano, se a “prática da impaciência” não estivesse presente, também, no nosso relacionamento com Deus.
Quando alguém, por exemplo, faz um pedido a Ele, espera que a resposta seja imediata. Se Deus, em função da Sua soberania, não responde no tempo esperado pelo peticionário, este, parte logo para um “plano B”, pois entende que Deus está demorando muito para responder e “tempo é ouro!”.
Às vezes sinto saudades do tempo em que a velocidade máxima permitida nas estradas era de 80 Km por hora e mensagens eram enviadas pelos correios. Isso tinha uma função pedagógica para as pessoas, pois elas aprendiam a não ter tanta pressa.
Mas, infelizmente, não é mais assim! As pessoas estão tão apressadas, que estão “apressando” o tempo. Nos dias presentes, uma música que tenha cinco anos de existência é considerada flash back. Um aparelho de telefonia celular com um ano de uso é tido como obsoleto.
Isto, como dito, mudou o relacionamento das pessoas com Deus. Atualmente, Deus está sendo tratado como um empregado que tem que fazer o que lhe é mandado, dentro do tempo determinado, sob pena de ser demitido. E mais: os ensinamentos Dele, constantes em Sua Palavra, são tidos como retrógrados e não aplicáveis às práticas modernas.
Quanta pressa... Quanta modernidade... Quanto distanciamento de Deus!
É tempo de parar! Uma das placas de sinalização no trânsito mais desrespeitadas é aquela que está localizada nos cruzamentos, na qual consta o imperativo “Pare”. A maioria dos motoristas apenas diminui a velocidade e, verificando que não vem nenhum carro na via que se pretende cruzar, segue sua viagem, pois parar significa perder tempo. Entretanto, referida placa não serve apenas para regular o trânsito, mas, para educar os motoristas. As pessoas deveriam ter uma placa “pare” dentro de suas cabeças. As igrejas deveriam ter uma placa “pare” nos seus púlpitos, para que os seus freqüentadores pudessem, ao olhar para a placa, se desligarem dos seus inúmeros afazeres e se concentrarem em Deus. 
Repita-se: é tempo de parar! Parar para ouvir qual é a vontade de Deus; parar para esperar Nele; parar para deixar Ele responder no tempo Dele; parar para ouvi-lo dizer que o pleito que lhe é feito não é a melhor coisa para o peticionário; parar para aproveitar as maravilhas da vida que Deus disponibilizou para cada um; parar para ser gente, pois a maioria deixou de ser gente para ser robô, submetido ao tempo – que insiste em não parar.      
Pare enquanto é tempo! Do contrário, o tempo irá lhe parar.
Seja abençoado(a).


Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito