sábado, 31 de março de 2012

Diga "não!" à Corrupção

Nunca se ouviu falar tanto contra a corrupção. As pessoas estão revoltadas com os agentes públicos que fazem uso do erário em benefício próprio, ou, exigem dos particulares somas em dinheiro para cumprirem suas – doas agentes públicos – obrigações de ofício.
E isto é bom! Levantar-se contra práticas reprováveis, como a da corrupção, demonstra que a sociedade está atenta e não se conforma mais com atitudes que, até pouco tempo, eram consideradas normais.
No entanto, há uma dose de hipocrisia nessa revolta contra a corrupção. As pessoas que se levantam contra essa prática, na sua grande maioria, são responsáveis pela existência dela e, o que é pior, incentivam-na a partir dos ensinamentos nos seus próprios lares.
O que se vê nos lares, por exemplo, são pais que prometem aos seus filhos que se eles – os filhos – forem estudiosos, ou forem bons meninos, receberão presentes no final do ano pela obediência ou pela aprovação na escola. Ou seja, essa prática recompensa os filhos por fazerem aquilo que seria obrigação deles. Em outros casos ocorre o inverso: os filhos pedem aos pais presentes pelo fato de terem cumprido suas obrigações. Tais práticas não passam de corrupção ativa e passiva. E o que é pior: isto ocorre com muita frequência entre as famílias ditas cristãs.
Quando filhos que são educados assim se tornam adultos e vão para o mercado de trabalho, passam a exigir propinas para cumprir aquilo que seria obrigação do ofício deles. Ou, o inverso: quando querem alcançar determinados objetivos, “acenam” com promessas de propinas para os agentes responsáveis pelo procedimento.
Ora, se a grande maioria age nos seus lares assim, com que autoridade critica os agentes corruptos? Não queremos dizer, com isto, que os pais não possam presentear seus filhos por serem bons filhos, mas, alertar para o fato de que não se deve recompensá-los por aquilo que eles têm obrigação de fazer, pois isto, como dito, não passa de corrupção em escala menor. Em outras palavras, os corruptos, em sua grande maioria, são formados dentro dos lares. 
Por tal razão, a Igreja do Dinamérica deflagrou a campanha “diga não à corrupção!”, partindo do pressuposto que não basta criticar os agentes corruptos. É necessário que as famílias desenvolvam práticas cristãs, pois estas são capazes de corrigir os maus hábitos e evitar distorções sociais como, por exemplo, a corrupção.
Por isto, diga "não" à corrupção! Não faça do seu lar uma escola de corruptos.

Seja abençoado(a).