sábado, 3 de dezembro de 2016

O que é a vossa vida?



A tragédia que vitimou todo o elenco da Chapecoense, assim como um grande número de jornalistas, no último dia 29 de novembro, deixou a todos chocados. A maioria das vítimas era formada por jovens – cheios de sonhos – e, de um momento para o outro, não mais existia.

Vi o jornalista Mauro Cezar Pereira, amigo de Victorino Chermont (repórter que estava a bordo da aeronave caída), dizer que este havia voltado a frequentar o Maracanã, nos dias de jogos do Flamengo, por causa do filho pequeno (e concluiu em meio às lágrimas: “ainda bem que o garoto vai guardar essas lembranças”).

Vi, também, o ex-jogador Zé Elias, aos prantos, inconsolável, pedindo que lhe dissessem que era mentira que Mário Sérgio – comentarista esportivo e ex-técnico de futebol –, que o havia lançado no futebol profissional, estava entre as vítimas. Dizia ele: “Por favor, diz que é mentira que o seu Mário morreu.”. 

São momentos de muita dor, inclusive, para nós – que não convivíamos com as vítimas.

Apesar da dor, não podemos deixar de refletir. A tragédia em comento nos deixa, pelo menos, duas lições:

A primeira nos mostra aonde a ganância pode nos levar. O proprietário da companhia aérea a qual pertencia a aeronave que caiu – e também comandante desta – assumiu o risco de provocar o desastre ao tentar chegar ao destino com combustível insuficiente para o caso de uma emergência. Na tentativa de tornar a viagem mais barata, pagou um alto preço – e fez outros também pagarem.

A outra lição diz respeito à fragilidade da vida humana. Nunca as palavras do Apóstolo Tiago foram tão claras: “Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.”. (Tiago 4.14).

Independentemente da causa da morte, o fato é que a vida pode findar-se em questão de segundos. E não sabemos quando isto ocorrerá. No domingo à noite, por exemplo, o Técnico da Chapecoense – Caio Júnior – participou de um programa num canal de televisão, no qual muito se divertiu e disse, depois, ter sido um dos melhores programas que havia participado. Não sabia ele que, no dia seguinte, embarcaria num avião que o levaria para a morte.

É triste, mas é a realidade da vida. Não foi por outra razão que o sábio Salomão escreveu: “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração.” (Eclesiastes 7.2).

Destarte, devemos, num momento tão doloroso, nos solidarizar com as famílias das vítimas e com o povo da cidade de Chapecó. Devemos orar para que Deus os console. Mas, igualmente, devemos refletir sobre a vida, pois, além de efêmera, ela é frágil.

#ForçaChape

Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito


domingo, 13 de novembro de 2016

No deserto


Muitas vezes nos sentimos como se estivéssemos num deserto, desprovidos de mantimentos e, sobretudo, da presença de pessoas que possam nos ouvir e/ou nos aconselhar. São momentos difíceis, que nos deixam tristes e nos fazem pensar que os nossos planos para o futuro não irão se concretizar.
Isto nos faz lembrar uma das histórias mais conhecidas da humanidade e que consta na Bíblia Sagrada, na qual consta que o povo de Deus, após 400 anos de escravidão no Egito, rumou para a terra prometida. Finalmente as promessas de Deus, feitas a Abraão, estavam prestes a se cumprir na vida daquele povo. Entretanto, para chegar à referida terra, foi preciso atravessar um deserto árido e enfrentar reinos inimigos. E o que é pior: a viagem durou 40 (quarenta) anos. 
Ocorre que esse tempo peregrinando pelo árido deserto não foi inútil. O povo de Deus, como dito, havia vivido longos 400 anos de escravidão. O seu espírito estava acostumado àquela situação. Caso a nação tivesse entrado na terra prometida imediatamente, inevitavelmente sucumbiria ante os povos inimigos, pois não estava preparada para administrar sua própria vida.
Entretanto, com as experiências vividas no deserto, o povo aprendeu a se defender, e, sobretudo, a depender de Deus, pois sem Ele, inevitavelmente, não teria conseguido chegar ao destino inicialmente traçado.
Isto nos faz concluir que o deserto serve para nos levar à reflexão; à dependência de Deus; e, ao exercício das nossas habilidades.
A vida é feita de momentos no deserto. Momentos estes, que não têm o condão de nos fazer desistir dos nossos projetos, mas, de nos motivar e nos treinar para alcançar as promessas que Deus tem para nós.
É no deserto que entendemos que temos que seguir em frente. Israel, quando da travessia supracitada, tinha duas escolhas: seguir em frente, rumo à terra prometida, ou retornar para a vida de escravidão. No entanto, qualquer decisão que fosse tomada obrigaria a nação a caminhar pelo deserto. Se seguisse em frente – como de fato seguiu – muitas terras arenosas teriam que ser vencidas. Se decidisse retornar, também teria que caminhar pelo deserto. A diferença, é que a primeira escolha levava à bênção, enquanto que a segunda, ao retrocesso.
Portanto, devemos entender que, uma vez estando no deserto, não podemos olhar para trás, achando que o caminho que temos pela frente é longo e impossível de ser vencido. Isto só ocorrerá se não dependermos de Deus.
Não é bom passar pelo deserto – isto é um fato. Entretanto, uma vez estando nele, temos que ter duas certezas: a de que Deus não permitirá que nele fiquemos definitivamente; e a de que os caminhos de dificuldades nos conduzirão à saída e a tempos de refrigério – isto é uma certeza. Foi assim com Israel; será assim conosco!
Seja abençoado(a). 
Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito


sábado, 8 de outubro de 2016

Construções resistentes


Às vezes, quando vou à praia, fico a observar crianças construírem esculturas de areia próximas ao mar. Todas as esculturas construídas têm algo em comum: o tempo de vida delas é efêmero! O que determina se esse tempo será maior ou menor são, em geral, três coisas: a tábua de marés; a disposição das crianças em continuarem brincado; ou a boa vontade das demais pessoas – que muitas vezes derrubam as esculturas que foram construídas com muito esmero. Mas o certo é que as esculturas são passageiras!
Com as nossas vidas não é diferente. Passamos a maior parte do tempo planejando e construindo castelos que, em algum momento, irão ser destruídos. Uns são destruídos por causa dos muitos casos fortuitos ou motivos de força maior que se apresentam na vida. Outros, porque nos enfadamos deles e não temos mais disposição para continuar em frente – afinal de contas, desistir é mais fácil. Outros não prosperam, simplesmente, porque as pessoas que nos cercam não estão dispostas a nos deixar ir em frente – por várias razões como: inveja, concorrência, perseguição, ou simplesmente maldade.
O fato é que os nossos projetos nascem fadados ao fracasso!
Esta afirmação parece dura, pois não queremos admitir que os nossos castelos são alicerçados em areia e construídos com a mesma areia. E é isto que os tornam tendentes à queda.
A questão é: em que temos embasado nossos projetos? Ou ainda: o que empregamos na construção deles? Não podemos – e nem devemos – baseá-los apenas nas nossas vontades, pois elas são passageiras e, quase sempre, não são suficientes para suportar as adversidades.
Não podemos, também, empregar material de fácil destruição na construção dos nossos sonhos, tais como: frases de efeito, idiossincrasias etc.. Estas “coisas” não resistem as intempéries.
O que deve embasar os nossos sonhos é a vontade de Deus para as nossas vidas. Consta, em Isaias 55:8-9, que os caminhos Dele não são os nossos caminhos e os Seus pensamentos não são os nossos pensamentos, pois assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os caminhos e os pensamentos de Dele: mais altos do que os nossos. Ou seja, Deus tem sempre os melhores planos e os melhores caminhos para serem trilhados por nós. O que precisamos fazer é direcionar os nossos projetos para a vontade Dele!
Quando isto ocorre, não há espaço para a frustração, pois as dificuldades da vida, assim como as pessoas e a nossa própria vontade não serão capazes de nos demover dos nossos propósitos nem de impedir que eles sejam duradouros, pois não estarão alicerçados em areia, mas sim, na vontade soberana de Deus. Igualmente, o material empregado na construção deles não será areia, mas, a Palavra de Deus, que é viva e eficaz – e sempre se cumpre, pois Deus afirma que vela sobre Ela para a cumprir (Jr 1:12).
Seja abençoado(a). 
Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito

sábado, 17 de setembro de 2016

Sujeitos de direitos e de deveres?

Uma simples observação do modo como vivem as pessoas nos mostra que elas entendem que têm todos os direitos do mundo e nenhum dever. É assim no trânsito; na hora de exigir benefícios das autoridades; no momento de enfrentar uma fila; e em outros casos simples, mas que refletem o modo de pensar e de agir das pessoas. Isto complica a vida e a torna caótica do ponto de vista dos relacionamentos.

O que é pior é que essa forma de pensar e de agir acaba se refletindo no relacionamento com Deus, pois assim como as pessoas exigem seus direitos, sem entender que têm deveres, exigem também que Deus lhes dê o que elas querem sem atentar para o ônus que cada uma tem com relação ao Pai Eterno.  

Por isto é que se vê, com cada vez mais freqüência, atitudes do tipo: “eu quero”, “eu exijo”, “eu decreto”, “eu determino” etc.. Deus tem se tornado, para aqueles que pensam e agem assim, um mero feitor de tarefas; um Office boy que está sempre disponível para atender as ordens de seus mandatários.

As pessoas que agem assim não se dão conta que têm obrigações para com o Pai. Há atitudes que elas precisam ter para se tornarem merecedoras das bênçãos do Pai.

É óbvio que Jesus Cristo já pagou, na cruz, todas as “duplicatas” que estavam em aberto. Entretanto, isto não implica em irresponsabilidade, em vida espiritual desregrada, sem qualquer compromisso com o Senhor.

A cultura do “ter direitos” sem “ter deveres” está se tornando prática freqüente nas igrejas – sejam elas de qualquer religião – e isto precisa mudar! Um cristão autêntico não pode se arvorar de chavões do tipo: “eu sou filho de Deus”; ou “Deus me fez para ser cabeça, e não calda”, para reivindicar suas bênçãos sem cultivar uma vida de intimidade com Deus e de responsabilidade como filho desse Deus.

Ser “herdeiro de Deus” implica, também, em ser seguidor e obediente ao autor da herança – no caso, o próprio Deus.

Deus tem prazer em abençoar aos que são seus filhos! E a maior bênção que Ele nos deu, foi o envio do seu próprio Filho para que todo aquele que vier a crer neste, não pereça, mas tenha vida eterna (Jo 3:16). Entretanto, as pessoas não atentam para essa imensa bênção e seguem o curso de suas vidas buscando, apenas, bênçãos materiais. Por isto a exigência de direitos sem observação dos deveres. Ora, se elas não são capazes de absorverem a bênção da salvação, como terão direito às demais coisas?

Por isto, há a necessidade urgente de que essa prática seja banida, para que, aí, haja merecedores das demais bênçãos do Senhor!

Seja abençoado(a).   

Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito


quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A vida como ela é

Nos dias atuais há uma grande curiosidade pelas vidas das “estrelas” – do cinema, da televisão, do esporte, ou de qualquer outro meio. Nunca se viu tantos programas de televisão dedicados, única e exclusivamente, à vida dessas pessoas. Também há as revistas – e não são poucas – que exploram esse filão.
A curiosidade é tanta, que se chegou a criar programas televisivos nos quais confinam-se várias pessoas – que, inclusive, não são famosas – dentro de uma casa, para que os telespectadores assistam o seu dia-a-dia.
O que é pior, é que as “estrelas“ que mais fazem sucesso são justamente àquelas que não têm um comportamento politicamente correto. O que as pessoas gostam de ver são intrigas, fofocas etc..
É doloroso saber que Deus criou toda a humanidade, e esta, ao invés de buscar cada vez mais conhecê-lo, busca conhecer os detalhes da vida de pessoas que, além de nada terem para oferecer, vivem de forma contrária aos princípios de Deus. 
Entretanto, nada mais normal! A Bíblia afirma que “o mundo jaz no maligno”. Portanto, outro comportamento não poderia ser esperado da sociedade hodierna.
O problema é que há muitos cristãos compactuando com esse comportamento. Assim como nunca se viu tanto destaque sendo dado a esse “estilo” de vida, também nunca se viu tantos cristãos contribuindo para o crescimento do porcentual de pessoas que gostam de assistir a tudo. As crianças, nas igrejas, sabem mais sobre as vidas das estrelas, do que sobre a vida e propósitos de Jesus. Por que? Porque os pais não mais se preocupam em ensinar (e muito menos em viver) os princípios cristãos.
Há orações das famílias nos lares? Não dá tempo! Os “TV Fama” da vida não deixam. Talvez aí esteja a explicação para o fato de as igrejas não crescerem na mesma proporção que antes. Na realidade, a Igreja imita a vida, isto é, ela é um reflexo da vida daqueles que a freqüentam. Uma igreja é formada por outras dezenas de igrejas – que são os lares. Se estes não vão bem, aquela também não pode ir bem.
Alguém pode retrucar: “mas nós precisamos ver a vida como ela é”. Entretanto, para que se veja “a vida como ela é”, é necessário que se saiba o porquê de ela ter chegado a ser como é. E isto só é possível quando se busca conhecer a Deus, o que acontece por intermédio da leitura da Bíblia. Nela, há respostas para o caos em que se encontra a humanidade, assim como solução para esse caos.
A vida é como é, porque a humanidade não é como deveria ser. As igrejas são como são, porque os cristãos não são como deveriam ser. O comportamento distorcido é o efeito, não a causa. Efeito de uma geração que – mesmo tendo muitos que se dizem cristãos – está cada vez mais distante de Cristo.
Enquanto essa atitude perdurar;  enquanto os cristãos não se tornarem verdadeiramente cristãos, o mundo vai continuar caótico e a vida vai permanecer como é.
Seja abençoado(a).

Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Momentos que nos preparam para a vitória





Há momentos em que olhamos para nós mesmos e nos sentimos limitados, incapazes de mudar a situação, prestes a entregar os pontos. São momento em que Deus parece não nos ouvir; parece que não nos dará mais uma chance.

As pessoas que nos cercam, por sua vez, parecem indiferentes aos nossos problemas – e o que é pior: insistem em agir de modo contrário àquilo que entendemos que deve ser feito, como se nós fossemos os errados. Enfim, tudo parece conspirar contra.
Entretanto, quando perlustramos a Bíblia, podemos ver que não somos os únicos a passar por momentos assim. O profeta Elias, por exemplo, após o triunfo obtido sobre os profetas de baal, chegou a desejar a morte.
Davi, por sua vez, fracassou como pai, a ponto de um de seus filhos assassinar o próprio irmão – porque este havia se relacionado sexualmente com a irmã –, e o outro – Absalão – ser morto numa rebelião comandada por este e que visava roubar o trono do pai.
Com Jó, então, a provação foi ainda mais difícil – tanto que lhe foram tirados os bens, a saúde e os filhos.
E o que dizer do Apóstolo Paulo, que teve que suportar um “espinho na carne”, além de perseguições, açoites e prisões injustas? 
Esses exemplos revelam que a vida tem momentos difíceis para todos. No entanto, revelam, também, que Deus, no tempo certo, age, trazendo vitórias imensuráveis. Foi assim com Elias, foi assim com Davi, foi assim com Jó e foi assim com Paulo.
Há muitos momentos difíceis, é verdade! Mas eles, ao contrário do que parecem, são uma espécie de catapulta para o sucesso. Eles nos ensinam que não somos bons o suficiente para não vivenciá-los, mas nos ensinam, também, que não somos fracos para sucumbir diante deles. E isto não ocorre, porque temos um Deus que nos ajuda a suportar as dificuldades vividas aperfeiçoando o Seu poder em nós em meio à nossa fraqueza – e sempre com um objetivo, pois, conforme disse o profeta Jeremias, Ele sabe os planos que tem para nós, visando nos dar uma esperança e um futuro.
Diante disto, não podemos desvalorizar os momentos difíceis, visto que eles estão nos preparando para uma grande vitória. Entretanto, não podemos supervalorizá-los, dando-lhes uma dimensão maior do que têm, visto que eles não são suficientes para nos derrubar.
Tais momentos devem ser colocados em seu devido lugar, pois a vida é feita de erros e acertos, fracassos e vitórias, formando em nós um caráter de vencedores, de pessoas que sabem usar os momentos difíceis para alcançar os felizes.

Seja abençoado(a).

Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito

sábado, 6 de agosto de 2016

Quando é o tempo de Deus?


Normalmente, quando as pessoas se deparam com situações difíceis, é comum ouvirem que, no tempo certo, Deus trará a solução para o problema. E isto é a mais pura verdade! Deus sempre age!
Entretanto, a pergunta que não quer calar é: quando é o tempo de Deus? Muitas vezes não há tempo para uma solução demorada – aos olhos humanos. Às vezes, a pessoa que vivencia o problema necessita de resultados urgentes; outras vezes, parece que não haverá mais ânimo para tanta provação.
Será que Deus não vê isso? Será que Ele não poderia antecipar a sua ação? Não poderia Ele, compadecendo-se do sofrimento das pessoas, trazer solução imediata para o problema?
A questão, entretanto, não é o momento em que Deus deve agir, mas sim, em qual momento as pessoas passarão a confiar Nele incondicionalmente.
Deus não age no tempo em que as pessoas necessitam simplesmente porque tenha prazer em vê-las sofrer. Ele não age, porque elas não dependem Dele totalmente! Elas até crêem que o Senhor é a solução para os seus problemas. No entanto, o fazem de forma tímida e condicional, e, na maioria das vezes, sob o pretexto de fazerem a sua parte, acabam tentando fazer a parte de Deus.
Por tal razão, o tempo que deveria ser curto torna-se longo. Milagre é uma especialidade de Deus, mas, assim como Ele opera milagres, também espera que as pessoas que Dele necessitam recorram a Ele.
A ação de Deus está condicionada à Sua total dependência. O tempo de ação Dele é condicionado pelas atitudes de humildade e dependência do servo.
A Bíblia está cheia de exemplos de pessoas que recorreram a Jesus e encontraram a solução para os seus problemas quando tudo parecia perdido. E é justamente ela – a Bíblia – que nos dá base para fazer tais afirmações. Em Isaías 55:8, consta que os caminhos do Senhor não são os nossos caminhos e os pensamentos Dele não são os nossos pensamentos.
Portanto, o que as pessoas devem fazer para obter a ação de Deus nas suas vidas e na resolução dos seus problemas, é dependerem totalmente Dele, sem condições ou dúvidas.
Quando é o tempo de Deus? É o tempo no qual passamos a depender Dele incondicionalmente, sem procurar fazer a parte que compete a Ele.
A “demora” da ação de Deus não ocorrerá a partir do momento em que não houver demora das pessoas em dependerem Dele totalmente!
Seja abençoado(a).


Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito 

sábado, 23 de julho de 2016

Quando Deus parece distante


Há momentos em que tudo vai bem nas nossas vidas. São momentos de paz e refrigério espiritual; de prosperidade material. Momentos em que parece que Deus está “coladinho” conosco.
Entretanto, há momentos em que tudo parece dar errado. E o que é pior: nesses momentos Deus parece indiferente à nossa situação; parece se manter muito distante de nós. 
Então começamos a questionar onde está o erro. Fazemos perguntas do tipo: “onde foi que eu errei?”; ou: “porque isto está acontecendo comigo?”; ou ainda: “Será que esta situação é uma punição de Deus?”; “Será que cometi algum pecado?”
Embora o pecado nos afaste de Deus, o fato é que nem sempre as dificuldades surgem por causa de erros em nossas vidas. Muitas vezes Deus permite que passemos por situações adversas para que possamos crescer na fé.
A Bíblia, ao narrar a história de Jó, mostra que ele procurou saber o motivo da aflição em que vivia e o porquê de Deus estar tão distante (Jó 23:8-10). No entanto, após refletir sobre isto, concluiu que Deus o conhecia (versículo 10) e que, no final da prova, se revelaria como o ouro.
Então percebemos que, em muitas vezes, esse aparente abandono por parte de Deus não tem relação com o pecado. Se existe algum problema, ele está no fato de que muitos estão buscando Deus da forma errada! Buscam experiências com Deus ao invés de buscarem o próprio Deus.
Nos nossos relacionamentos interpessoais não precisamos de determinadas ações para saber que as pessoas existem; não precisamos sentir emoções ou sensações diferentes para saber que alguém existe.
No entanto, com Deus, queremos sempre ver a Sua ação para concluir que Ele existe e que está perto de nós. Quando não “o sentimos” ou quando não vemos suas ações nas nossas vidas, achamos que Ele está distante, ou até, que não existe.
O fato é que, mesmo que não percebamos, Deus está sempre presente! Independentemente de nossos sentimentos, Ele está presente!
É óbvio que Ele quer que saibamos que Sua presença é constante. No entanto Ele quer, muito mais, que confiemos Nele, independentemente de “sentirmos” a sua presença ou não.
Há momentos em que Deus permite que nossas emoções inexistam para que possamos confiar nele. Isto é fé! Não podemos ficar dependentes de sensações. Devemos ficar dependentes de Deus!
Deus jamais nos desamparará, pois consta na Bíblia, em Hebreus 13:5: “não te deixarei nem te desampararei”. E ainda (Jeremias 1:8): “Não temas diante deles, pois eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor”. E arremata (versículo 12): “Eu velo sobre a minha palavra para a cumprir”.
Então se o Senhor afirma que tem cuidado para cumprir a Sua Palavra, e afirma, nesta mesma Palavra, que não nos desampara, devemos crer que Ele está sempre conosco, sobretudo nas situações difíceis e que, no momento certo, Ele irá nos fazer triunfar.
Seja abençoado.
Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito


sábado, 16 de julho de 2016

Alívio para as dores

     
 É interessante como a dor pode gerar reações diferentes em diferentes pessoas. Há algumas que expressam toda a sua dor, deixando que as demais saibam o que elas estão sentindo. Outras, ao contrário, silenciam e se fecham em torno de si mesmas. Outras, ainda, ficam agressivas e antissociais, deixando todos curiosos sobre o que está gerando tal atitude
Entretanto, uma coisa é certa: todos sentem dores! E aqui, não estou a me referir, apenas, às dores do corpo, mas, também, às da alma. Àquelas que são muito mais dolorosas, pois afetam o estado de espírito e os relacionamentos. Àquelas que, em muitos casos, exigem que as pessoas que as sofrem, permaneçam em silêncio – porque não podem contar a causa da sua dor, ou porque as dúvidas sobre tais causas não lhes permitem dizer.
Aliás, de todas as causas das dores da alma, talvez essa seja a mais dolorosa: a dor da dúvida. Aquela que pode ser oriunda de várias possibilidades, sem se saber, ao certo, qual delas é a real. Creio que não há dor mais dolorosa; mais cruel; mais agonizante.
Em casos assim, não há “doutor da alma” que resolva a situação. Aliás, não há ninguém, por mais chegado que seja, que apresente uma solução plausível.
Por tal razão, assim como nas reações das dores corporais, quem sofre uma dor na alma também reage de formas diferentes: Há os que gritam; há os que choram; há os que silenciam; e ainda, outros há que se fecham... Mas, todos sofrem!
Nesses casos, só há uma forma de reação com garantia de resultado positivo: a aproximação de Deus! Tal aproximação, entretanto, não deve ser feita como alguém que vai ao médico em busca de cura para uma enfermidade.
Não! Ela deve ser feita como alguém que se sente limitado e incapaz de entender o que se passa consigo. Alguém que reconhece que, como criatura de Deus, necessita se tornar Seu filho. Alguém que, apesar das dúvidas – que muitas vezes têm como causa os seus pares – quer ter a certeza de que é amado pelo Pai. Alguém que, sabedor de que há falhas no próximo, quer encontrar a perfeição do Senhor.
Quando se toma essa atitude, as dores são dissipadas, e, se tal não ocorrer instantaneamente, adquire-se forças para suportá-las e certeza de que elas serão momentâneas.
Seja abençoado(a).

Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito



quinta-feira, 14 de julho de 2016

Pare enquanto é tempo!

Os dias atuais têm nos tornado impacientes. Na era da internet banda larga, por exemplo, não conseguimos esperar mais que trinta segundos para que uma página seja exibida – se esse tempo é ultrapassado, reclamamos que a conexão é lenta e desejamos ter uma mais rápida. Pagamos nossas contas em caixas rápidos ou através do internet banking, no conforto de nossas casas, sem precisarmos perder tempo em filas infindáveis (mesmo que tenham apenas cinco pessoas esperando nelas).
Dizer que os dias atuais têm nos tornado impacientes não seria mais que uma simples observação do cotidiano, se a “prática da impaciência” não estivesse presente, também, no nosso relacionamento com Deus.
Quando alguém, por exemplo, faz um pedido a Ele, espera que a resposta seja imediata. Se Deus, em função da Sua soberania, não responde no tempo esperado pelo peticionário, este, parte logo para um “plano B”, pois entende que Deus está demorando muito para responder e “tempo é ouro!”.
Às vezes sinto saudades do tempo em que a velocidade máxima permitida nas estradas era de 80 Km por hora e mensagens eram enviadas pelos correios. Isso tinha uma função pedagógica para as pessoas, pois elas aprendiam a não ter tanta pressa.
Mas, infelizmente, não é mais assim! As pessoas estão tão apressadas, que estão “apressando” o tempo. Nos dias presentes, uma música que tenha cinco anos de existência é considerada flash back. Um aparelho de telefonia celular com um ano de uso é tido como obsoleto.
Isto, como dito, mudou o relacionamento das pessoas com Deus. Atualmente, Deus está sendo tratado como um empregado que tem que fazer o que lhe é mandado, dentro do tempo determinado, sob pena de ser demitido. E mais: os ensinamentos Dele, constantes em Sua Palavra, são tidos como retrógrados e não aplicáveis às práticas modernas.
Quanta pressa... Quanta modernidade... Quanto distanciamento de Deus!
É tempo de parar! Uma das placas de sinalização no trânsito mais desrespeitadas é aquela que está localizada nos cruzamentos, na qual consta o imperativo “Pare”. A maioria dos motoristas apenas diminui a velocidade e, verificando que não vem nenhum carro na via que se pretende cruzar, segue sua viagem, pois parar significa perder tempo. Entretanto, referida placa não serve apenas para regular o trânsito, mas, para educar os motoristas. As pessoas deveriam ter uma placa “pare” dentro de suas cabeças. As igrejas deveriam ter uma placa “pare” nos seus púlpitos, para que os seus freqüentadores pudessem, ao olhar para a placa, se desligarem dos seus inúmeros afazeres e se concentrarem em Deus. 
Repita-se: é tempo de parar! Parar para ouvir qual é a vontade de Deus; parar para esperar Nele; parar para deixar Ele responder no tempo Dele; parar para ouvi-lo dizer que o pleito que lhe é feito não é a melhor coisa para o peticionário; parar para aproveitar as maravilhas da vida que Deus disponibilizou para cada um; parar para ser gente, pois a maioria deixou de ser gente para ser robô, submetido ao tempo – que insiste em não parar.      
Pare enquanto é tempo! Do contrário, o tempo irá lhe parar.
Seja abençoado(a).


Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito