quinta-feira, 14 de julho de 2016

Pare enquanto é tempo!

Os dias atuais têm nos tornado impacientes. Na era da internet banda larga, por exemplo, não conseguimos esperar mais que trinta segundos para que uma página seja exibida – se esse tempo é ultrapassado, reclamamos que a conexão é lenta e desejamos ter uma mais rápida. Pagamos nossas contas em caixas rápidos ou através do internet banking, no conforto de nossas casas, sem precisarmos perder tempo em filas infindáveis (mesmo que tenham apenas cinco pessoas esperando nelas).
Dizer que os dias atuais têm nos tornado impacientes não seria mais que uma simples observação do cotidiano, se a “prática da impaciência” não estivesse presente, também, no nosso relacionamento com Deus.
Quando alguém, por exemplo, faz um pedido a Ele, espera que a resposta seja imediata. Se Deus, em função da Sua soberania, não responde no tempo esperado pelo peticionário, este, parte logo para um “plano B”, pois entende que Deus está demorando muito para responder e “tempo é ouro!”.
Às vezes sinto saudades do tempo em que a velocidade máxima permitida nas estradas era de 80 Km por hora e mensagens eram enviadas pelos correios. Isso tinha uma função pedagógica para as pessoas, pois elas aprendiam a não ter tanta pressa.
Mas, infelizmente, não é mais assim! As pessoas estão tão apressadas, que estão “apressando” o tempo. Nos dias presentes, uma música que tenha cinco anos de existência é considerada flash back. Um aparelho de telefonia celular com um ano de uso é tido como obsoleto.
Isto, como dito, mudou o relacionamento das pessoas com Deus. Atualmente, Deus está sendo tratado como um empregado que tem que fazer o que lhe é mandado, dentro do tempo determinado, sob pena de ser demitido. E mais: os ensinamentos Dele, constantes em Sua Palavra, são tidos como retrógrados e não aplicáveis às práticas modernas.
Quanta pressa... Quanta modernidade... Quanto distanciamento de Deus!
É tempo de parar! Uma das placas de sinalização no trânsito mais desrespeitadas é aquela que está localizada nos cruzamentos, na qual consta o imperativo “Pare”. A maioria dos motoristas apenas diminui a velocidade e, verificando que não vem nenhum carro na via que se pretende cruzar, segue sua viagem, pois parar significa perder tempo. Entretanto, referida placa não serve apenas para regular o trânsito, mas, para educar os motoristas. As pessoas deveriam ter uma placa “pare” dentro de suas cabeças. As igrejas deveriam ter uma placa “pare” nos seus púlpitos, para que os seus freqüentadores pudessem, ao olhar para a placa, se desligarem dos seus inúmeros afazeres e se concentrarem em Deus. 
Repita-se: é tempo de parar! Parar para ouvir qual é a vontade de Deus; parar para esperar Nele; parar para deixar Ele responder no tempo Dele; parar para ouvi-lo dizer que o pleito que lhe é feito não é a melhor coisa para o peticionário; parar para aproveitar as maravilhas da vida que Deus disponibilizou para cada um; parar para ser gente, pois a maioria deixou de ser gente para ser robô, submetido ao tempo – que insiste em não parar.      
Pare enquanto é tempo! Do contrário, o tempo irá lhe parar.
Seja abençoado(a).


Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito

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