terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Transpondo obstáculos

Talvez uma das coisas que mais fascine uma criança seja o momento em que ela descobre a “magia” dos primeiros passos. A partir dali ela percebe que pode ser independente. Seus pés podem levá-la aonde quiser. Já não mais ficará escrava dos braços dos adultos que insistem em mantê-la desconfortável e em não conduzi-la até seus objetivos. Andando, ela poderá satisfazer curiosidades, caminhar até onde o olho e o coração quiserem ir.
Entretanto, logo após o início da caminhada, ela descobre que pode tropeçar, cair, se machucar. Percebe que a caminhada não é tão fascinante, como imaginava e nem tão livre como julgava ser, pois haverá sempre um adulto dizendo-lhe “não!” para suas aventuras e avanços. Isto a deixa triste, inconformada e irada. Apesar de livre, não pode usufruir dessa liberdade.
Mas ela não desiste. Teima; segue em frente; luta contra os obstáculos.
Quando cresce um pouco mais, percebe que aprendeu com as quedas e tropeços e que estes não foram suficientes para barrar o seu avanço rumo às descobertas. Percebe, também, que tais dificuldades lhe ensinaram a tomar cuidados para não se machucar. Já adulta, percebe que as pessoas que lhe disseram “não!”, o fizeram para o seu próprio bem, visando, sempre, uma caminhada segura e objetiva, sem percalços pelo caminho. Enfim, ela percebe que todos os “obstáculos” foram, na realidade, lições que a vida lhe deu para que aportasse em um lugar seguro.
Assim também é com a vida cristã. Inicialmente, deslumbre e sensação de que se pode tudo. Depois, tropeços e quedas que machucam. Mas, a exemplo da criança que insiste em caminhar, não podemos pensar em desistir. Devemos seguir em frente, cientes de que, dos obstáculos, devemos tirar lições.
Devemos, também, saber que as portas que se fecham funcionam como um “não!” de Deus, não para que desistamos, mas, para que cheguemos aos objetivos que o Senhor traçou para nós, afinal, a Sua Palavra afirma que Ele — Deus — sabe os planos que tem para o seu povo (Jeremias 29:11).    
Portanto, não olhemos para as dificuldades que se nos apresentam como se elas fossem capazes de nos fazer parar, ou nos demover dos projetos que temos. Não olhemos para as portas que se fecham como se elas fossem as únicas e não nos houvesse mais possibilidades de seguir no caminho que Deus nos traçou. Olhemos para Aquele que mostra o caminho e para os sonhos que Ele tem para nós, afinal, os caminhos e os pensamentos Dele são diferentes, mas são mais altos que os nossos (Isaías 55:8-9).
Seja abençoado(a).

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A dor que mais dói

As pessoas vivem sentindo dores das mais variadas. E, entre os vários tipos de dores, um dói muito: a dor da alma. Muitos têm a alma dolorida porque foram traídos; outros, porque foram magoados; alguns, porque perderam entes queridos; outros mais, porque carregam culpa por erros do passado. Enfim, os exemplos são muitos.

Entretanto, talvez não exista dor maior para alguém, do que não ser compreendido na dor que sente. Infelizmente, a maioria das pessoas que rodeia os que sentem dores, não entende o porquê dessas dores e, insensivelmente, critica os que as sentem. As pessoas que assim agem, acabam fazendo com que os que sentem dores sintam-se sozinhos, ainda que estejam em meio a uma multidão.

Certa vez Madre Tereza disse: “Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz”. Essa deveria ser a postura de quem convive com os que sentem dores. Mas, a realidade não é assim. Por isto, muitos dos que sofrem dores dão cabo de suas vidas, ou, vivem em constante estado de depressão.

Felizmente, há cura para a dor da alma! Ela atende pelo nome de Jesus. Foi Ele quem disse "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). Ou seja, Jesus não ignora a dor. Ele entende quem a sente e proporciona a cura. Ele traz paz para a alma desesperada e acalenta o choro contido.

Quando se confia a Jesus o tratamento da dor, encontra-se a paz que tanto se procura. Certa vez, ao conversar com seus discípulos, Ele assim se expressou: “deixo-vos a paz, a minha paz vos dou” (João 14:27), acrescentando que a paz dada por Ele não se confunde com a encontrada nas coisas passageiras que o mundo oferece. Ela é constante, acalentadora, reparadora, e, sobretudo, duradoura.     
      

Portanto, a dor que mais dói só continua doendo se não for tratada por Jesus. Ele é o médico que todos precisam. E o que é melhor: Ele está à disposição de todos que precisam, pois Ele próprio afirmou: "Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele" (Apocalipse 3:20).


Seja abençoado(a).

domingo, 13 de novembro de 2011

Não sei se sei o que digo que sei

Muitas vezes digo que sei o que a Bíblia ensina sobre determinada situação. No entanto, quando chega o momento de aplicar, na minha vida, aquilo que digo que sei, não o faço — ou por não conseguir, ou por não me lembrar. A pergunta que faço é: será que eu realmente sei o que digo que sei?

Alguém pode entender que isto significa fraqueza de minha parte. E realmente o é! Desde que eu nasci, me tornei fraco e incapaz de lidar com a semente pecaminosa que está plantada em meu ser. Não sou capaz de lidar com os desejos pecaminosos. E o que é pior: isto não é particularidade minha. A humanidade é assim!

O Apóstolo Paulo, por exemplo, na carta que escreveu aos cristãos da cidade de Roma (7:15), assim se expressou: “Não entendo o que faço. Pois não faço o que gostaria de fazer. Pelo contrário, faço justamente aquilo que odeio” (NTLH). Em seguida, completando o seu raciocínio, arrematou: “pois eu sei que aquilo que é bom não vive em mim, isto é, na minha natureza humana. Porque, mesmo tendo dentro de mim a vontade de fazer o bem, eu não consigo fazê-lo. Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço.” (Romanos 7:18-19 - NTLH).

O que o Apóstolo Paulo disse foi o que estou tentando dizer – que, embora saibamos o que deve ser feito, nem sempre fazemos o que sabemos que sabemos, mas, o contrário do que sabemos. Se o Apóstolo Paulo — que serve de exemplo positivo para nós – disse o que disse, por que não poderia eu dizer o que estou querendo dizer?

O fato é que somos pecadores e, como tais, fraquejamos diante de muitas circunstâncias que testam o quanto somos cristãos.  Por tal razão é que ninguém — absolutamente ninguém — pode dizer que não precisa de restauração. A Bíblia afirma que “todos pecaram” (Romanos 3:23) e, assim, ainda que saibamos o que dizemos que sabemos, não há garantia de que conseguiremos aplicar os nossos conhecimentos quando eles se fizerem necessários.

Portanto, fica a pergunta — e ela não tem a pretensão de alcançar a todos, mas, unicamente, a este pastor maltrapilho e fraco, absolutamente imerecedor da graça de Deus: será que eu sei aquilo que digo que sei?    

Seja abençoado(a).


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Se o Senhor não guardar a cidade...

No último dia 11 de Outubro a nossa cidade completou 147 anos de emancipação política. É uma boa oportunidade para que se faça uma reflexão sobre os rumos que a cidade está tomando.
Todos os dias ouvem-se notícias sobre assassinatos, fraudes nas contas públicas, administrações corruptas etc.. D’outra banda, ouve-se que a cidade é espiritual e, aliás, seus administradores se esmeram em disseminar este conceito, divulgando que a cidade é a única que abre mão de realizar festas carnavalescas para promover a paz e o crescimento espiritual.
Não é incoerente, entretanto, que uma cidade que se esforça para promover o crescimento espiritual esteja imersa em tantos problemas de ordem moral? Não é incoerente que administrações que se empenharam em promover eventos de ordem espiritual estejam envolvidas em escândalos de dilapidação do erário? Não é, igualmente, incoerente, que nesta mesma cidade a violência, o número de adolescentes grávidas, de usuários de drogas etc., aumente cada vez mais?
Os administradores da cidade promovem “o maior são João do mundo” e outras festas, sob o argumento de que tais eventos geram divisas e trazem o progresso para a cidade. É de se perguntar: e quando os eventos terminam, deixando um rastro de doenças sexualmente transmissíveis, novos usuários de drogas, meninas grávidas que, provavelmente irão abortar ou colocar uma criança no mundo – que poderá vir a ser um menino de rua –, casamentos destruídos e tantas outras coisas lastimáveis? Isso é progresso? Vale a pena gerar empregos a esse preço? Não seria melhor investir na atratividade de novas indústrias; novos empreendimentos comerciais? 
O fato é que os vigilantes da cidade – leia-se: autoridades que zelam pelo crescimento, pela segurança, pela confecção de leis, pela promoção do social etc. – estão recorrendo ao modismo, àquilo que atrai pessoas, à religião, à busca pela paz através de opções equivocadas, esquecendo-se, entretanto, de recorrer ao verdadeiro Deus. Aliás, o mesmo Deus que eles recorrem quando estão em campanha para serem alçados aos cargos que almejam.
Em épocas de campanhas eleitorais as igrejas – sobretudo as evangélicas – recebem inúmeras visitas de candidatos a cargos eletivos que buscam orações e votos. No entanto, depois de eleitos, passam a promover eventos e praticar atitudes que contrariam os ensinamentos do Deus que eles buscaram quando procuravam seus votos. Então, vem a pergunta que não quer calar: será que a nossa cidade, nestes 147 anos de emancipação política, fez e faz a vontade do Deus vivo?
O Salmo 127:1 diz que “se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigiam as sentinelas”. Campina Grande precisa desse Deus; a violência que campeia nas ruas só irá deixar de campear quando o verdadeiro Deus guardar a cidade. Não será com medidas paliativas e estratégias de marketing que a cidade irá prosperar, mas sim, quando Deus for o Senhor dela!
Oremos pelos nossos administradores – pois a Bíblia nos manda fazer isto (1ª Timóteo 2:2) – para que o Senhor as oriente e a cidade possa ter “uma vida tranqüila e sossegada, em toda piedade e honestidade”.         


Sejam abençoados(as).

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

"Tirai daqui estas coisas"


A expressão epigrafada foi dita pelo Senhor Jesus quando, indignado com a atitude dos mercadores – que vendiam animais para serem sacrificados no interior do templo –, determinou que não transformassem aquele lugar sagrado em mercado (Jo 2:14).
Como naquele lugar, há muitas pessoas que estão com as suas vidas repletas de “coisas” que não agradam ao Pai e necessitam que elas – as “coisas” – sejam retiradas.
Como exemplo, pode-se citar, em primeiro lugar, o medo, que impede as pessoas de aproveitarem as oportunidades concedidas por Deus; ou porque não querem correr riscos, ou em função de experiências traumáticas. O fato é que este é um sentimento que faz com que as pessoas se fechem em torno de si mesmas, impedindo-as de se tornarem aquilo que Deus tem em mente para elas.
Outro sentimento que deve ser banido é a culpa. Muitas vezes erros do passado levam as pessoas a viverem em um verdadeiro martírio sem conseguir se perdoar e sem aceitar que Deus já lhes perdoou, tornando-as verdadeiras prisioneiras do passado.
Pode-se citar, ainda, a indiferença – que é uma maneira sutil de odiar. A indiferença anda de braços dados com o ódio e as pessoas que a alimentam, mantêm, na verdade, um sentimento de ressentimento e ódio. Não conseguem perdoar e, como conseqüência, se afastam cada vez mais de Deus.
O ciúme é outro sentimento que afasta as pessoas de Deus, vez que é mesquinho, egoísta e intransigente. As pessoas dominadas pelo ciúme não conseguem se relacionar com as demais, pois entendem que estas são uma ameaça aos seus bens – sejam eles materiais, pessoais ou sentimentais.
Muitas outras “coisas” poderiam ser citadas. Entretanto os exemplos declinados são bastante para nos levar a refletir se as nossas vidas não estão precisando de uma ordem como a que Jesus deu para os mercadores do templo. Nós somos templo do Espírito Santo, e como tal, é necessário que se diga: Tirai estas coisas daqui!
Elas não se coadunam com a presença do Senhor! Elas impedem que o espírito Santo possa ter liberdade de ação! Elas levam as pessoas ao fracasso total. Essas “coisas” precisam ser eliminadas de nossas vidas, pois só favorecem a ação do inimigo de nossas almas. Por isto, tantos fracassos! Por isto, tantas desistências! Por isto, tantas infelicidades!
O Senhor Jesus está a observar a vida de cada um, desejoso em ajudar, mas impedido pelas “coisas” que bloqueiam a Sua ação e nos distanciam dele. Por esta razão Ele determina: “Tire de sua vida estas coisas!”

Sejam abençoados.

Sete Características que identificam um cristão

Texto bíblico: Gálatas 6:17 – “Finalmente, ninguém me inquiete, pois trago no meu corpo as marcas de Jesus”.

O apóstolo Paulo quando escreveu esse texto estava se referindo às cicatrizes que ele trazia no corpo, fruto das perseguições pela causa de Cristo. Os Judeus tinham como marca, como selo, a circuncisão. Os sacerdotes dos deuses pagãos tinham marcas em seu corpo – feitas com ferro em brasa – que identificavam o deus que eles serviam. Paulo mostra nesse texto, que em contraste com a marca da circuncisão, e com outras marcas presentes no corpo de pessoas que não serviam a Deus, ele tinha cicatrizes que o marcavam e provavam o quanto ele havia se tornado um escravo de Cristo. Ou seja, Paulo tinha marcas que revelavam que ele era um cristão.

Essas marcas surgiram, justamente, porque outras marcas afloraram na vida de Paulo e revelaram o quanto ele era um cristão. Por tal razão é que ele foi tão perseguido e marcado pelas cicatrizes.

Geralmente quando se fala nas marcas de Cristo em uma pessoa, lembra-se logo de: amor, alegria, esperança, certeza da salvação etc..

Entretanto, queremos falar de outras marcas, menos lembradas, mas tão importante quanto as acima citadas. Queremos falar de algumas marcas, que, assim como as demais, no dia a dia, caracterizam uma pessoa como cristã. Queremos falar, entre tantas, de sete características que identificam um cristão.

São elas:  

1. Capacitado (2ª Cor. 3:5) – “Não que sejamos capazes, por nós mesmos, de pensar alguma coisa como se partisse de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus”.

Ser capacitado, aqui, não quer dizer aquela pessoa que tem habilidades inatas, ou que tem conhecimentos empíricos ou adquiridos nos bancos de uma universidade. Isto ajuda, mas, ser capacitado aqui significa ser uma pessoa que tem o desejo de satisfazer os interesses de Deus.

OU SEJA, UM CRISTÃO DEVE PROCURAR ENTENDER COMO A SUA VISÃO E OS SEUS OBJETIVOS PODEM SATISFAZER OS INTERESSES DE DEUS. 

É por não fazerem isso que tantos saem da visão. Tantas igrejas ensinam heresias. Tantos irmãos têm práticas reprováveis. Falta-lhes o interesse de satisfazerem a Deus. Ser capacitado é deixar que Deus diga quando, onde e como ser usado por Ele. É essa capacitação que deve ser espelhada na vida do cristão.


2. Racional (Romanos 12:1-2) – “Portanto, rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

A sabedoria das pessoas está degenerada. A capacidade de pensar é utilizada para achar-se que é possível sem Deus. Fomos seres criados à imagem e semelhança de Deus. Como portadores da imagem de Deus, somos racionais, ou seja, pensamos. Entretanto, o pecado, lá no Éden, desfigurou essa imagem. Então, continuamos portadores da imagem de Deus, mas em razão desta imagem estar distorcida, a nossa capacidade de pensar, assim como os demais atos, foi redirecionada para uma superficialidade. Assim, tratamos o pecado superficialmente. 

A verdadeira mudança, que caracteriza um cristão, segundo Paulo, requer muito mais que a alteração de um comportamento pecaminoso. A verdadeira mudança exige que adentremos a esfera obscura da nossa mente e aprendamos o que significa deixar que o Espírito de Deus nos renove em nosso modo essencial de pensar. É isto que significa transformação pela renovação da mente.


3. Imitador de Cristo (1ª Cor. 11:1) – “Sede meus imitadores como também eu sou de Cristo”. 
(1ª Pedro 2:21) – “Para isto fostes chamados, porque também Cristo padeceu por vós, deixando-vos o exemplo, para que sigais as suas pisadas”.
(1ª João 2:6) – “Aquele que diz que está nele, também deve andar como Ele andou”.

Ser cristão é ser imitador de Cristo; é seguir o exemplo de Cristo; é agir como Cristo agiria. É se portar com a consciência de que os pensamentos, palavras e atitudes precisam ser semelhantes aos pensamentos, palavras e atitudes de Cristo.

4. Servo (Col. 3:23-24) – “E tudo o que fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que servis”.

A lógica de Deus é inversa a dos homens. Há muitas pessoas querendo ser usadas na Obra de Deus, mas o querem fazer somente em lugares de destaque. Dessa forma não são usadas nunca e ficam sentadas nos bancos da igreja achando que o pastor não as ama, Deus não as ama etc..

Ser servo é estar disponível para trabalhar para Deus. Ser servo é estar pronto para ajudar pessoas independentemente de ter afinidade com elas ou não. É estar pronto a abrir mão de determinadas coisas mesmo que isto pareça uma perda, pois, na obra de Deus se ganha quando se “perde”. Torna-se o maior tornando-se, em primeiro lugar, o menor.

Hoje em dia as pessoas vêm a Deus porque querem ficar curadas de uma enfermidade; porque querem um carro novo; porque querem que o marido deixe de beber; porque querem que o filho deixe de se drogar etc. Mas não vêm a Deus porque querem servi-lo. Falta-lhes o desejo essencial do serviço a Deus de todo o coração.

5. Temente a Deus (Pv. 8:13) – “O temor do Senhor é odiar o mal”;
(Pv. 10:27) – “O temor do Senhor aumenta os dias”;
(Pv. 14:27) – “O temor do Senhor é uma fonte de vida”;
(Sl 111;10) – “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”.

Temer a Deus é diferente de ter medo de Deus. Temer a Deus é respeita-lo e procurar fazer a Sua vontade para que Ele se sinta glorificado com as atitudes dos seus servos.

6. Aceito na comunidade (1ª Tm 3:7) – “Também é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair em opróbrio (desonra), e no laço do diabo”. 

Comunidade, aqui, implica a de dentro e a de fora. E a de fora, implica: trabalho, vizinhos, casa etc.. Ser aceito na comunidade significa que a pessoa tem uma vida irrepreensível. Isto não quer dizer concordância dos outros com tudo que o cristão faz, mas, que as atitudes dele não são reprováveis.  

7. Obediente (2ª Cor. 10:5) – “Derrubamos raciocínios e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo”.

A desobediência tem sido a causa de tantos fracassos espirituais. O pecado é, justamente, a desobediência aos preceitos de Deus. Há muitas pessoas se dizendo cristãs e cultivando verdadeiros “pecados de estimação”. Ser obediente a Cristo é fazer com que as atitudes e pensamentos estejam subsumidas nos ensinos de Cristo.

Note-se, que após a análise dessas sete características, pode-se formar um acróstico com as mesmas:

Capacitado
Racional
Imitador de Cristo
Servo
Temente a Deus
Aceito na comunidade
Obediente

Isto serve para lembrar que as atitudes acima referidas devem estar arraigadas na vida de um cristão.

Ninguém tem o direito de dizer que é um cristão se tais atitudes não estiverem presentes em sua vida, pois do contrário, seria uma afronta ao próprio Cristo, que, antes de tudo, ensinou tais atitudes com a prática.

Portanto, esforcemo-nos para aplicar tais ensinamentos em nossas vidas e, para tanto, Deus nos ajude.



Seja abençoado(a)!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A escolha certa

Na vida somos freqüentemente desafiados a decidir entre dois, ou mais caminhos.  É assim, por exemplo, no escolher a profissão a ser seguida; qual roupa usar, ou comprar; em qual cidade passar as férias; em quem votar etc. É bem verdade que estes são exemplos simplistas. Entretanto, eles mostram como o cotidiano de uma pessoa é cercado de escolhas. Algumas importantíssimas, outras, nem tanto. Mas, sempre escolhas.
O mais interessante é que há uma tendência em seguir-se a maioria. Numa eleição, por exemplo, as pesquisas de opinião são divulgadas justamente para convencer o eleitor indeciso a seguir a maioria. Um projetista de automóvel, antes de ir à prancheta, procura saber qual a tendência dos usuários, visando influenciar na escolha do cliente. E assim, sucessivamente.   
Na vida espiritual não é diferente. A pessoa é levada a escolher entre dois cainhos: um deles é largo, espaçoso, cheio de opções que agradam os olhos, a mente e o corpo. Massageia o ego, causa uma boa impressão e é seguido pela maioria..
 O outro aparenta ser inverso – e é! Não oferece o glamour do caminho oposto e, geralmente, é seguido por uma minoria.
Obviamente, a escolha não parece ser tão difícil. E é aí que surge o problema! As opções que são de fácil escolha nem sempre se revelam ser as melhores. Normalmente desembocam em decepções, frustrações, angústias e arrependimentos. O problema é que tais descobertas só são feitas quando, normalmente, não há mais caminho de retorno. E quando há, este é doloroso e causa muitas seqüelas.
Na vida espiritual, as opções do caminho largo levam à morte. Aliás, isto está expresso na Palavra de Deus, que diz: “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte” – Provérbios 14:12.   
Felizmente, há tempo e opção para retornar-se. Há um outro caminho que pode ser seguido e que, embora pareça pouco atraente, oferece um final coroado de êxito, inclusive, para a vida material.
O guia desse caminho chama-se Jesus. Ele próprio disse: “eu sou o caminho” (João 14:6). Em outras palavras, Ele disse: “Eu sou a escolha certa”; “Eu não decepcionarei você”; “você não chegará no objetivo que procura, se não me seguir”.     
Ou seja, a escolha não deve ser feita pelo que se apresenta, mas fulcrada no objetivo, pois escolher sem objetivos é alcançar objetivos que não se escolhem.

Sejam abençoados.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O que agrada a Deus?

No livro dos Salmos (cap. 37:4) consta a seguinte expressão: “Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração”. É de se perguntar: o que a Bíblia quer dizer com agradar-se do Senhor?
Segundo o Dicionário Houaiss agradar-se é, entre outras coisas, “contentar-se, satisfazer-se, encantar-se com algo ou com alguém” (com modificações).
Sendo assim, tomando-se por base as definições susomencionadas, pode-se dizer que agradar-se do Senhor é contentar-se com o que Ele tem feito; dar-se por satisfeito(a) com as ações soberanas do Pai; ficar verdadeiramente encantado(a) com a forma como Deus age.
O problema é que há pessoas – e não são poucas – que nunca estão satisfeitas com a ação de Deus nas suas vidas. São pessoas que quando alcançam seus objetivos atribuem tal sucesso aos seus próprios méritos e não a Deus. Em contrapartida, quando sofrem algum revés – aos seus olhos – culpam ao Senhor, sem procurar entender os propósitos Dele para as suas vidas.
Essas pessoas vivem confundindo agradar-se de Deus com agradar a Deus e, por tal razão, vivem tentando “comprar” o Senhor com atitudes interesseiras que visam única e exclusivamente o bem-estar próprio.
O que agrada a Deus é justamente agradar-se Dele! É procurar aceitar os seus desígnios, ainda que eles sejam contrários aos nossos projetos, pois a Bíblia diz que “os caminhos do Senhor não são os nossos caminhos e os Seus pensamentos não são os nossos pensamentos” (Isaías 55:8, com modificações).
Deus sabe o que é melhor para o seu povo! Por isto, a necessidade de agradar-se daquilo que Ele faz.
A recompensa daqueles que se agradam Dele é que Ele satisfaz os desejos dos seus corações. Não é necessário barganhar com Deus. Basta alegrar-se com aquilo que Ele tem feito.
A pessoa que tem um coração grato a Deus é feliz. Por sua vez, a gratidão no coração só existe quando há a conscientização de que Deus procede, sempre, da melhor forma.
Deus não está procurando pessoas que queiram lhe agradar com atitudes de bajulação, mas pessoas que se sintam felizes com o agir Dele nas suas vidas. Essa é a atitude que agrada a Deus.
             
Sejam abençoados.