quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Se o Senhor não guardar a cidade...

No último dia 11 de Outubro a nossa cidade completou 147 anos de emancipação política. É uma boa oportunidade para que se faça uma reflexão sobre os rumos que a cidade está tomando.
Todos os dias ouvem-se notícias sobre assassinatos, fraudes nas contas públicas, administrações corruptas etc.. D’outra banda, ouve-se que a cidade é espiritual e, aliás, seus administradores se esmeram em disseminar este conceito, divulgando que a cidade é a única que abre mão de realizar festas carnavalescas para promover a paz e o crescimento espiritual.
Não é incoerente, entretanto, que uma cidade que se esforça para promover o crescimento espiritual esteja imersa em tantos problemas de ordem moral? Não é incoerente que administrações que se empenharam em promover eventos de ordem espiritual estejam envolvidas em escândalos de dilapidação do erário? Não é, igualmente, incoerente, que nesta mesma cidade a violência, o número de adolescentes grávidas, de usuários de drogas etc., aumente cada vez mais?
Os administradores da cidade promovem “o maior são João do mundo” e outras festas, sob o argumento de que tais eventos geram divisas e trazem o progresso para a cidade. É de se perguntar: e quando os eventos terminam, deixando um rastro de doenças sexualmente transmissíveis, novos usuários de drogas, meninas grávidas que, provavelmente irão abortar ou colocar uma criança no mundo – que poderá vir a ser um menino de rua –, casamentos destruídos e tantas outras coisas lastimáveis? Isso é progresso? Vale a pena gerar empregos a esse preço? Não seria melhor investir na atratividade de novas indústrias; novos empreendimentos comerciais? 
O fato é que os vigilantes da cidade – leia-se: autoridades que zelam pelo crescimento, pela segurança, pela confecção de leis, pela promoção do social etc. – estão recorrendo ao modismo, àquilo que atrai pessoas, à religião, à busca pela paz através de opções equivocadas, esquecendo-se, entretanto, de recorrer ao verdadeiro Deus. Aliás, o mesmo Deus que eles recorrem quando estão em campanha para serem alçados aos cargos que almejam.
Em épocas de campanhas eleitorais as igrejas – sobretudo as evangélicas – recebem inúmeras visitas de candidatos a cargos eletivos que buscam orações e votos. No entanto, depois de eleitos, passam a promover eventos e praticar atitudes que contrariam os ensinamentos do Deus que eles buscaram quando procuravam seus votos. Então, vem a pergunta que não quer calar: será que a nossa cidade, nestes 147 anos de emancipação política, fez e faz a vontade do Deus vivo?
O Salmo 127:1 diz que “se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigiam as sentinelas”. Campina Grande precisa desse Deus; a violência que campeia nas ruas só irá deixar de campear quando o verdadeiro Deus guardar a cidade. Não será com medidas paliativas e estratégias de marketing que a cidade irá prosperar, mas sim, quando Deus for o Senhor dela!
Oremos pelos nossos administradores – pois a Bíblia nos manda fazer isto (1ª Timóteo 2:2) – para que o Senhor as oriente e a cidade possa ter “uma vida tranqüila e sossegada, em toda piedade e honestidade”.         


Sejam abençoados(as).

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