terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Transpondo obstáculos

Talvez uma das coisas que mais fascine uma criança seja o momento em que ela descobre a “magia” dos primeiros passos. A partir dali ela percebe que pode ser independente. Seus pés podem levá-la aonde quiser. Já não mais ficará escrava dos braços dos adultos que insistem em mantê-la desconfortável e em não conduzi-la até seus objetivos. Andando, ela poderá satisfazer curiosidades, caminhar até onde o olho e o coração quiserem ir.
Entretanto, logo após o início da caminhada, ela descobre que pode tropeçar, cair, se machucar. Percebe que a caminhada não é tão fascinante, como imaginava e nem tão livre como julgava ser, pois haverá sempre um adulto dizendo-lhe “não!” para suas aventuras e avanços. Isto a deixa triste, inconformada e irada. Apesar de livre, não pode usufruir dessa liberdade.
Mas ela não desiste. Teima; segue em frente; luta contra os obstáculos.
Quando cresce um pouco mais, percebe que aprendeu com as quedas e tropeços e que estes não foram suficientes para barrar o seu avanço rumo às descobertas. Percebe, também, que tais dificuldades lhe ensinaram a tomar cuidados para não se machucar. Já adulta, percebe que as pessoas que lhe disseram “não!”, o fizeram para o seu próprio bem, visando, sempre, uma caminhada segura e objetiva, sem percalços pelo caminho. Enfim, ela percebe que todos os “obstáculos” foram, na realidade, lições que a vida lhe deu para que aportasse em um lugar seguro.
Assim também é com a vida cristã. Inicialmente, deslumbre e sensação de que se pode tudo. Depois, tropeços e quedas que machucam. Mas, a exemplo da criança que insiste em caminhar, não podemos pensar em desistir. Devemos seguir em frente, cientes de que, dos obstáculos, devemos tirar lições.
Devemos, também, saber que as portas que se fecham funcionam como um “não!” de Deus, não para que desistamos, mas, para que cheguemos aos objetivos que o Senhor traçou para nós, afinal, a Sua Palavra afirma que Ele — Deus — sabe os planos que tem para o seu povo (Jeremias 29:11).    
Portanto, não olhemos para as dificuldades que se nos apresentam como se elas fossem capazes de nos fazer parar, ou nos demover dos projetos que temos. Não olhemos para as portas que se fecham como se elas fossem as únicas e não nos houvesse mais possibilidades de seguir no caminho que Deus nos traçou. Olhemos para Aquele que mostra o caminho e para os sonhos que Ele tem para nós, afinal, os caminhos e os pensamentos Dele são diferentes, mas são mais altos que os nossos (Isaías 55:8-9).
Seja abençoado(a).

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