quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A vida como ela é

Nos dias atuais há uma grande curiosidade pelas vidas das “estrelas” – do cinema, da televisão, do esporte, ou de qualquer outro meio. Nunca se viu tantos programas de televisão dedicados, única e exclusivamente, à vida dessas pessoas. Também há as revistas – e não são poucas – que exploram esse filão.
A curiosidade é tanta, que se chegou a criar programas televisivos nos quais confinam-se várias pessoas – que, inclusive, não são famosas – dentro de uma casa, para que os telespectadores assistam o seu dia-a-dia.
O que é pior, é que as “estrelas“ que mais fazem sucesso são justamente àquelas que não têm um comportamento politicamente correto. O que as pessoas gostam de ver são intrigas, fofocas etc..
É doloroso saber que Deus criou toda a humanidade, e esta, ao invés de buscar cada vez mais conhecê-lo, busca conhecer os detalhes da vida de pessoas que, além de nada terem para oferecer, vivem de forma contrária aos princípios de Deus. 
Entretanto, nada mais normal! A Bíblia afirma que “o mundo jaz no maligno”. Portanto, outro comportamento não poderia ser esperado da sociedade hodierna.
O problema é que há muitos cristãos compactuando com esse comportamento. Assim como nunca se viu tanto destaque sendo dado a esse “estilo” de vida, também nunca se viu tantos cristãos contribuindo para o crescimento do porcentual de pessoas que gostam de assistir a tudo. As crianças, nas igrejas, sabem mais sobre as vidas das estrelas, do que sobre a vida e propósitos de Jesus. Por que? Porque os pais não mais se preocupam em ensinar (e muito menos em viver) os princípios cristãos.
Há orações das famílias nos lares? Não dá tempo! Os “TV Fama” da vida não deixam. Talvez aí esteja a explicação para o fato de as igrejas não crescerem na mesma proporção que antes. Na realidade, a Igreja imita a vida, isto é, ela é um reflexo da vida daqueles que a freqüentam. Uma igreja é formada por outras dezenas de igrejas – que são os lares. Se estes não vão bem, aquela também não pode ir bem.
Alguém pode retrucar: “mas nós precisamos ver a vida como ela é”. Entretanto, para que se veja “a vida como ela é”, é necessário que se saiba o porquê de ela ter chegado a ser como é. E isto só é possível quando se busca conhecer a Deus, o que acontece por intermédio da leitura da Bíblia. Nela, há respostas para o caos em que se encontra a humanidade, assim como solução para esse caos.
A vida é como é, porque a humanidade não é como deveria ser. As igrejas são como são, porque os cristãos não são como deveriam ser. O comportamento distorcido é o efeito, não a causa. Efeito de uma geração que – mesmo tendo muitos que se dizem cristãos – está cada vez mais distante de Cristo.
Enquanto essa atitude perdurar;  enquanto os cristãos não se tornarem verdadeiramente cristãos, o mundo vai continuar caótico e a vida vai permanecer como é.
Seja abençoado(a).

Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito

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