O mundo assistiu
estarrecido aos ataques terroristas promovidos
por fanáticos religiosos que, sob o pretexto de vingarem a Maomé,
mataram jornalistas que assinavam as charges publicadas no pasquim francês
Charlie Hebdo.
Nada justifica
ataques terroristas e as manifestações contra os que o praticam são legítimas e
necessárias. Mas, daí a adotar-se o slogan Je suis Charlie (“eu
sou charlie”), há uma distância muito grande e, porque não dizer, abissal,
sobretudo para nós – os cristãos.
O Pasquim Charlie
Hebdo é um periódico que tripudia da fé das pessoas, publicando charges
desrespeitosas, que afrontam a moral e os bons costumes. Não há limites para o
dito jornal. Seus jornalistas, simplesmente, fazem uso do princípio da liberdade
de expressão para fazerem afrontas aos mais diversos segmentos da sociedade.
Mesmo assim, sob o
argumento de protestar contra o referido atentado, o mundo adotou o slogan “Eu
sou Charlie”. Isto é muito perigoso! Há uma mensagem subliminar muito forte nessa
expressão. É como se todos estivessem a dizer: “nós somos a favor do que o
Charlie faz”.
Para completar, a imprensa
mundial “tomou as dores” do Charlie Hebdo. Já houve inúmeros ataques
terroristas no mundo, mas, nunca se viu uma cobertura tão intensa da imprensa,
quanto a que se viu nos protestos que se seguiram aos atentados. Claro! Os
terroristas atentaram contra um “órgão de imprensa”. O corporativismo não
permitiria que isso passasse em branco.
No entanto, essa cobertura em
massa dissemina o trabalho reprovável do periódico francês e arrebanha milhares
de pessoas, sobretudo jovens e adolescentes que, em nome de uma causa — que nem
eles sabem qual é — passam a admirar e defender os ataques que o periódico faz
à família, à religião e aos bons costumes.
Estão criando um monstro tão
perigoso quanto o terrorismo, pois a imprensa mundial, ao se acostar ao
periódico francês, torna-se tão letal quanto os terroristas que atacaram a sede
do jornal.
O que será do futuro do mundo
quando os jovens que hoje impunham faixas com o slogan Je Suis Charlie
estiverem no poder? Qual a bandeira que eles vão defender? O fim da família
tradicional? O sexo livre? A falência das religiões? — sim, porque é isso que o
Charlie Hebdo defende com suas charges.
Por essas e outra é que afirmo
que eu jamais serei Charlie.
Que Deus tenha
misericórdia de nós..
Pr. Valter
Vandilson
Custódio de Brito
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