O Alzheimer é uma
terrível enfermidade, conhecida como a “forma mais comum d demência”. Não existe cura para esse
tipo de enfermidade. Ela se agrava progressivamente levando,
em muitos casos, o seu portador à morte. Na maioria dos casos – senão na
totalidade — a doença causa, inicialmente, a perda da memória recente e, ao se
agravar, leva à perda da memória das coisas passadas.
Talvez o(a)
prezado(a) leitor(a) esteja a se perguntar o porquê de um assunto como esse ser
abordado em um editorial publicado num num blog
religioso. Na verdade, tentei definir, ainda que como leigo, o mal de
Alzheimer, para introduzir um assunto muito grave e que, cada vez mais, se
massifica no meio do povo de Deus: o esquecimento dos feitos de Deus.
Esse “esquecimento”
ocorre desde os tempos bíblicos. Podemos, ver, no livro de Êxodo, o povo
reclamando da falta de alimento, de água e de tantas outras coisas quando, na
verdade, pouco antes de tais reclamações, Deus o havia libertado, com mão poderosa, do domínio egípcio, além de ter aberto o mar vermelho para que o dito povo
passasse “pelo meio do mar em seco” (Êxodo 14:22), sepultando os egípcios, em
seguida, no mesmo mar (Êxodo 14:27-28).
Ao que parece, esse
“mal do esquecimento” cada vez mais se agrava, pois as atitudes da maioria são
de quem não lembra de o quanto Deus tem sido generoso. Os cristãos hodiernos, a
exemplo dos crentes do passado, reclamam de tudo e só pedem. Não são capazes de
lembrar do que Deus tem feito. É como se sofressem de uma espécie de “alzheimer
espiritual”, que não lhes permite lembrar dos fatos recentes. O que é pior,
como dito, é que esse mal se agrava ao ponto de eles não lembrarem, também,
daquilo que Deus fez no passado, sobretudo da grande salvação que lhes deu.
Talvez por causa desse “mal do
esquecimento”, Deus tenha determinado a Moisés, quando o avisou de que faria
sinais no meio dos egípcios, que ele – Moisés – deveria contar para os filhos e
para os netos sobre os prodígios feitos por Ele — Deus — no Egito (Êxodo 10:2).
O fato é que parece que os
cristãos nunca estão satisfeitos com os feitos de Deus e, por isto, esquecem
rapidamente dos feitos Dele, tornando-se, consequentemente, ingratos.
Que, pelo menos, lembremo-nos
de que as misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã e que, por isto
mesmo, não somos consumidos por causa da nossa ingratidão.
Que Deus tenha misericórdia de
nós.
Pr. Valter Vandilson Custódio de Brito
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